O Secretariado do Bureau Político do MPLA, partido no poder há 45 anos e liderado por João Lourenço, regozijou-se com a posição do líder do partido, João Lourenço, que considerou não ser possível a realização de eleições autárquicas este ano. É claro que o Executivo, liderado por João Lourenço, também, felicitou João Lourenço…
A posição consta do comunicado final saído hoje da 9.ª reunião ordinária do Secretariado do Bureau Político do MPLA realizada sob orientação da vice-presidente do partido, Luísa Damião.
João Lourenço considerou na terça-feira, como o Folha 8 noticiou, na sua intervenção na abertura da reunião extraordinária do Conselho da República que não é possível a realização de qualquer tipo de pleito eleitoral sem o suporte legal, a principal justificação apontada pelo executivo angolano para o adiamento das primeiras eleições autárquicas, que estavam previstas para este ano e que terão lugar se e quando o MPLA quiser.
Os membros do órgão executivo do MPLA encorajaram ainda o líder do partido, Presidente da República e Titular do Poder Executivo, “a prosseguir com o combate contra a corrupção e a impunidade, exortando os órgãos competentes de justiça e de direito a empreender acções adequadas, que visam proteger o Estado angolano de actos criminosos que colocam em causa a unidade nacional e o bem-estar da população”.
O líder do MPLA reafirmou na abertura da reunião extraordinária do Conselho da República que as autoridades não vão recuar na sua determinação da luta contra a corrupção, que está a ser levada a cabo com sentido de justiça e imparcialidade necessária e que, presumimos nós, só estará concretizada quando o MPLA comemorar o centenário da sua ininterrupta governação (só faltam 55 anos).
No documento, os membros do Secretaria do Bureau Político congratularam-se com o posicionamento do Conselho da República sobre a realização das eleições autárquicas (pudera!) e as medidas de prevenção e controlo da Covid-19 em Angola.
Apesar do impacto da pandemia de Covid-19, o Secretariado do Bureau Político apoia as medidas económicas e financeiras dinamizadas pelo executivo (pudera!), para a retoma do curso normal da vida social, bem como no sentido de reanimar a economia nacional, apoiar as empresas e as famílias carenciadas.
“O Secretariado do Bureau Político enaltece particularmente a aposta do executivo no sector da agricultura que está a corresponder positivamente às necessidades do mercado, com o aumento diversificado de produtos do campo, assim como do sector industrial da economia nacional, cada vez mais alinhado com a causa da produção interna de bens de primeira necessidade”, refere o comunicado.
A nível interno, a reunião serviu para analisar os planos de realização do terceiro encontro com os primeiros secretários dos comités provinciais e do seminário metodológico com os departamentos para os assuntos políticos e eleitorais dos comités provinciais do MPLA.
Na reunião foi igualmente apreciado o programa de actividades para o mês de Setembro do Bureau Político, com destaque para as jornadas comemorativas ao Dia do Fundador da Nação, Herói Nacional, pai dos massacres de 27 de Maio de 1977, libertador de África, inventor da pólvora e da roda, criador do achatamento polar das batatas, líder do fim da escravatura, inventor da língua portuguesa, educador da classe operária e mentor de Diogo Cão etc., António Agostinho Neto.
Na ocasião, acrescenta o comunicado, foram abordadas as propostas de agenda da quarta reunião ordinária do Bureau Político, a ter lugar dia 29 deste mês, e da IV sessão ordinária do Comité Central, prevista para o mês de Outubro próximo.
O projecto de um estudo de avaliação política do impacto do programa do MPLA no período de 2017-2020 e a informação do Secretariado do Bureau Político sobre as acções desenvolvidas durante o segundo quadrimestre do ano em curso foram também analisadas.
Por manifesta e compreensível falta de tempo, o Secretariado do Bureau Político do MPLA não abordou a prevista parabenização dos agentes da Polícia que, de forma tão cívica, urbana e eficiente, tentaram ajudar a salvar (levando-o para a esquadra) o médico Sílvio Dala.
Do mesmo modo o louvor aos responsáveis por este exemplo de elevado civismo policial, Eugénio Laborinho e Paulo de Almeida, ministro do Interior e Comandante Geral da Polícia respectivamente, ficará para uma próxima reunião…
Pra Angola ser do MPLA. Neste caso MPLA é o País e Angola Província, né. Eu sou o médico Dala
É a mais pura verdade, porquanto o hino nacional não ser abrangente a todos os heróis nacionais. É apenas dos de 4 de fevereiro. A moeda tem a tchipala do 1º presidente do MPLA. A bandeira tem as cores das do MPLA e a foice e o martelo dos partidos comuns. Todas as insígnias apostas em todos os cantos do país são MPLA. As bandeiras do partido no poder estão asteadas em quase todos os postes de energia eléctrica na maior parte das ruas das cidades e aldeias.
Angola não dos Angolanos, é do MPLA.
Cabo Verde vai realizar eleições autárquicas em Outubro e em Angola não possível?
A dita classe média angolana, desapareceu e tende a esfumar-se com a implementação do actual IRT. É necessária uma greve geral, como acontece nos países verdadeiramente democráticos, onde a voz do povo é ouvida. Cadê os sindicatos abrangentes.